Como a pandemia tem afetado a liderança feminina
Alguns especialistas vêm alertando para o caso das pressões extras que as mulheres vêm enfrentando durante a pandemia. Muitas tiveram que ir para o home office e isso trouxe para elas desafios maiores.
Uma vez que elas vêm passando por um enfrentamento de situação nunca vista antes, como uma nova estrutura social do trabalho sendo descortinada.
Assim, muitas mulheres veem ficando preocupadas em não conseguir desempenhar tão bem seus trabalhos como antes, e assim, elas têm medo de uma possível demissão ou algo similar.
Contexto histórico envolvendo as mulheres
As mulheres, por muitos anos, eram excluídas do mercado de trabalho e não podiam, muito menos, participar de importantes decisões como aquelas relacionadas à política.
Por exemplo, somente em 1932, é que o Código Eleitoral assegurou às mulheres o direito ao voto. Todavia, essas condições desfavoráveis foram mudando ao longo dos anos.
Nessa linha, segundo um documento da ONU, e segundo ainda as observações de Simone Paulon, psicóloga e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, “se avaliarmos a história, toda crise social atingiu mais as mulheres”.
Soma se a isso que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT,) as mulheres ainda representam ¾ de todo o trabalho não remunerado.
E desde o começo da pandemia, Simone Paulon já previa que a pandemia afetaria mais as mulheres. E, hoje, com o trabalho estendido para home office, as mulheres precisam conciliar mais o trabalho e a necessidade de produtividade com os desafios domésticos, como: cuidar dos filhos, acompanhar nas tarefas de escola e ainda cuidar de sua saúde física e emocional.
Então, agora quase sempre não há uma divisão entre vida profissional e vida familiar, estando em ambiente home office; e isso tem sobrecarregado as mulheres, trazendo para elas mais pressão e níveis de ansiedade.
A seguir, alguns desafios a liderança feminina.
Vantagens e desafios da liderança feminina
A liderança feminina tem atributos que tendem a favorecer as empresas e organizações.
As mulheres são menos centralizadoras, elas delegam mais e pedem mais opiniões e ajuda para achar soluções mais eficientes, rumo à construção de um ambiente de trabalho mais construtivo.
Elas são muito determinadas, mais flexíveis e focadas nos objetivos organizacionais.
Embora ainda existem os preconceitos, pois muitos homens não se sentem à vontade em ter uma líder feminina no contexto do trabalho.
Soma-se a isso, a questão de a mulher ter filhos e, muitas vezes, ter que se ausentar da empresa para cuidar dos mesmos, o que pode afetar na produtividade.
Há ainda quem diz que a mulher é mais frágil e não aguenta pressão ou não tem condições psicológicas para enfrentar certas situações no trabalho.
Vamos ver como a pandemia afeta a liderança das mulheres?
Afinal, como a pandemia afeta a liderança feminina?
Segundo um estudo do Fórum Econômico Mundial, de março de 2021, a proporção de mulheres mais qualificadas no mercado de trabalho está aumentando.
Embora a pouca representatividade em cargos de gerência ainda é um problema nesse cenário.
Para a coordenadora de atendimento corporativo do Senac de São Paulo, Sandra Domingos, a pandemia trouxe um retrocesso para as mulheres no mercado de trabalho. Bem como, o desemprego também tem sido maior para as mulheres.
Para a coordenadora, a pandemia trouxe para as mulheres maiores desafios, pois a nova estrutura de trabalho, as pressões por resultados e as rotinas e as grandes decisões e conflitos inerentes aos cargos de gestão, tudo isso se tornou um desafio para as mulheres que são tidas como mais frágeis.
Nessa linha, segundo o jornal Estado de Minas, a taxa de desemprego entre as mulheres foi de 39,4%, em 2020, superior ao dos homens, isso com base em dados do IBGE.
Então, se as mulheres estão sendo afastadas de seus empregos, como irão exercer alguma liderança corporativa? Não vão, não é mesmo?
Segundo ainda um estudo feito por diferentes Universidades americanas, os preconceitos podem surgir com mais intensidade durante uma crise.
Este estudo mostrou que as mulheres quando tentam ingressar em cargos mais altos das empresas, elas passam por situações mais complicadas, devido ao momento de crise, e assim, as barreiras são maiores.
Por fim, neste artigo de hoje, você viu como a pandemia afeta a liderança feminina, bem como os desafios que vêm sendo enfrentados por elas diante uma nova estrutura social e do trabalho.
A pandemia descortinou para as mulheres maiores desafios, pois uma nova estrutura de trabalho, somada às pressões por novas estratégias e mais resultados; e as grandes decisões e conflitos relacionados aos cargos de gestão, tudo isso fomentou em algo mais complexo e novo para as mulheres.
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Referências
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/08/19/pandemia-impacta-mais-vida-das-mulheres
https://rhpravoce.com.br/redacao/como-a-pandemia-impactou-a-lideranca-feminina-nas-empresas
