Introdução
Em um mundo corporativo tradicionalmente dominado por homens, as mulheres executivas muitas vezes enfrentam uma série de desafios únicos e obstáculos que podem afetar sua autoconfiança e senso de competência.
De acordo com um estudo realizado pela KPMG em 2020, intitulado “Advancing the Future of Women in Business”, mais da metade (56%) das mulheres executivas pesquisadas temem que as pessoas ao seu redor não acreditem que elas são tão capazes quanto se espera que sejam.
Mais ainda, 81% acreditam que colocam mais pressão sobre si mesmas do que os homens, e 57% se sentem como impostoras quando assumem um novo cargo de liderança.
Estes números são reveladores, e mostram que mesmo quando as mulheres alcançam altos níveis de liderança, elas ainda podem lutar com questões de autoconfiança e pressão interna e externa.
Este artigo pretende explorar as razões subjacentes a essas estatísticas e discutir maneiras pelas quais as mulheres executivas podem superar esses desafios e prosperar em suas carreiras. Vamos analisar as causas desse fenômeno, abordar as implicações dessas descobertas e sugerir soluções potenciais para ajudar as mulheres executivas a ganhar confiança e superar a síndrome do impostor.
Entendendo o abismo da confiança
Antes de mais nada, é importante compreender a origem desse abismo de confiança que as mulheres executivas enfrentam. A sociedade muitas vezes impõe expectativas e padrões irrealistas sobre as mulheres, levando-as a questionar sua competência e valor, especialmente em ambientes tradicionalmente dominados pelos homens, como o mundo corporativo.
Este fenômeno é ainda mais pronunciado para mulheres que assumem cargos de liderança, onde a pressão para desempenhar e atender a essas expectativas é intensificada.
A Síndrome do Impostor e a Pressão Autogerada
Um dos desafios mais comuns que as mulheres executivas enfrentam é a síndrome do impostor – um estado psicológico em que as pessoas duvidam de suas habilidades e têm medo de serem “descobertas” como uma fraude. Este sentimento, frequentemente experienciado quando assumem novos cargos de liderança, pode ser incrivelmente debilitante e prejudicial para a autoestima.
Paralelamente, muitas mulheres executivas sentem que colocam mais pressão sobre si mesmas do que os homens. Isso pode ser devido ao desejo de provar seu valor em um ambiente de trabalho predominantemente masculino, ou pode estar enraizado em normas socioculturais que impõem expectativas elevadas sobre o desempenho das mulheres.
Combatendo a Insegurança e Construindo Confiança
Para superar esses desafios, é fundamental que as mulheres executivas reconheçam e confrontem seus sentimentos de insegurança. Isso pode envolver a busca por apoio profissional, como coaching de liderança ou terapia, para ajudar a desenvolver estratégias de enfrentamento e aumentar a autoconfiança. Além disso, a criação de uma rede de apoio sólida no local de trabalho e além dele pode ser incrivelmente benéfica.
Criando um Ambiente de Trabalho Inclusivo e de Apoio
Por fim, as organizações têm um papel fundamental a desempenhar na promoção da igualdade de gênero e na criação de um ambiente de trabalho inclusivo e de apoio. Isso pode envolver a implementação de políticas de igualdade de gênero, a promoção de programas de mentoring e a capacitação das mulheres para posições de liderança.
Em conclusão, embora as mulheres executivas possam enfrentar desafios únicos, superar esses obstáculos e construir a confiança necessária para prosperar em suas carreiras não é apenas possível, mas crucial para o progresso contínuo da igualdade de gênero no local de trabalho.
Fonte: Pesquisa de 2020 da KPMG, Advancing the Future of Women in Business
